Como ajudar uma pessoa em luto

A dor da perda de alguém querido é desafiante para qualquer pessoa. E mesmo que outras pessoas tentem ajudar nesse momento tão conturbado, viver e superar o luto depende de cada um, com diferentes reações. 

Mas como conversar sobre luto? A elaboração do luto acontece quando o enlutado tem a oportunidade de falar sobre a perda e expressar suas dores, angústias e outros sentimentos. É importante também conversar sobre o término da vida e os mistérios que povoam o imaginário acerca da existência posterior à morte e outras inquietações que afetam o emocional de quem perde um ente querido. 

Algumas dicas são valiosas para que seja possível ajudar alguém a passar pelo luto. Vamos conhecê-las juntos?

Como ajudar uma pessoa em luto?

É comum que a pessoa enlutada se sinta confusa, perdida e até solitária depois da perda de um ente querido. Além dos sentimentos que se misturam na parte emocional, questões práticas e burocráticas também precisam ser resolvidas logo depois que o falecimento acontece. Então, como conversar com alguém de luto? É preciso que as pessoas no entorno estejam atentas às reações e sinais que a pessoa enlutada apresenta para conseguir amparar no ponto de maior fragilidade. 

Como a forma de lidar com os assuntos relacionados ao fim da vida é muito pessoal, cada pessoa reage de uma maneira à perda e não dá para colocar nenhum comportamento como regra. Da mesma forma, não é possível fixar orientações para ajudar uma pessoa em luto. É preciso pensar e agir com sensibilidade dentro das possibilidades de auxílio para enfrentar as diferentes situações. 

Existem diferentes estágios do luto, sem uma sequência lógica de ocorrência, mas com reações mais comuns em cada fase. Na fase da negação, o enlutado ainda não aceita a realidade e insiste em negar que a partida do ente querido realmente aconteceu; a fase da raiva se dá quando a pessoa de luto se enraivece com a situação, com os envolvidos na morte e até consigo mesmo; no estágio da depressão, o enlutado constata que não há mais nada a ser feito para reverter a perda e episódios de profunda tristeza - com choro, isolamento e silenciamento - aparecem com frequência; por fim vem a fase da aceitação, apresentada como última fase do luto justamente por ser aquela em que ocorre uma sensação de sentimentos se acalmando e o vislumbre de novas possibilidades de seguir a vida e se sentir bem apesar da perda. 

Na parte prática, é possível ajudar no luto cuidando das tarefas domésticas do enlutado, organizando e acompanhando rotinas diárias, escutando com empatia e paciência e propondo atividades diferentes que ajudem a tranquilizar a mente e o coração. Em casos em que o luto se mostre mais profundo e difícil de superar, sugerir acompanhamentos profissionais para o enlutado e estar ao lado nesse processo também é uma forma de ajudar. 

Em alguns casos, o medo da morte - que está presente na “lista de medo” de muitas pessoas - e de tudo relacionado a ela passa dos limites tidos como normais e se torna uma doença - conhecida como Tanatofobia. É preciso ficar atento aos sintomas, que podem incluir excesso de conversas sobre morte e mudanças drásticas na rotina por medo de riscos, para identificar os gatilhos que levam o tanatofóbico ao pânico. É fundamental contar com ajuda profissional para auxiliar no tratamento da doença. 

Vimos até aqui que ajudar uma pessoa em luto não requer técnicas sofisticadas, mas sim uma boa dose de empatia, paciência e amor. Enfrentar a dor da perda de forma saudável é um direito de qualquer pessoa. Ter com quem contar nesse momento conturbado é encontrar a tranquilidade tão necessária para seguir adiante! 

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